Taxonomia da família Suberitidae SCHMIDT, 1870 (Porifera, Demosnpogiae, Suberitida) para o Nordeste do Brasil

Abstract

O Filo Porifera é composto por organismos filtradores que estão amplamente distribuídos em todo o mundo, que desempenham importantes funções ecológicas no ambiente aquático, além de serem a base na extração de bioativos na indústria farmacológica e tecnológica. Para que esses estudos sejam realizados é necessário que pesquisas taxonômicas sejam executadas, a fim de identificar quais espécies possuem os compostos de interesse e também para conhecer sua distribuição no ambiente. E, o monitoramento da ocorrência das espécies é realizado por alguns projetos de pesquisas realizados nas universidades onde vão a campo e coletam amostras dos organismos. No entanto, muitas dessas informações são de espécimes já depositados em coleções científicas, e que, infelizmente, ainda não foram analisadas ou passaram por estudos pouco detalhados. Diante dessa situação, o presente estudo realizou o estudo taxonômico das esponjas da Família Suberitidae Schmidt, 1870 depositados nas coleções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). Para o estudo taxonômico foram analisados a morfologia externa (forma, consistência, tipo de superfície, coloração) e os elementos esqueléticos (espículas silicosas e arquitetura esquelética). Foram analisados 88 espécimes, e destes 19 não pertenciam à família Suberitidae. Destacamos 3 espécimes pertencentes ao Gênero Protosuberites Swartschewsky, 1905, que possivelmente são duas novas espécies para a ciência. Além disso, registramos pela primeira vez: Aaptos glutinans Moraes, 2011 para o Estado do Rio Grande do Norte, Aaptos hajdui Carvalho, Da Silva & Pinheiro, 2013 para o Estados da Bahia e Pernambuco (Fernando de Noronha), Aaptos potiguarensis Carvalho, Da Silva & Pinheiro, 2013 para o Estado da Bahia; Suberites aurantiacus Duchassaing & Michelotti, 1864 para o Estado de Alagoas, Suberites carnosus Johnston, 1842 e Terpios belindae Rützler & Smith, 1993 para os Estados da Bahia e Alagoas, Terpios fugax Duchassaing & Michelotti, 1864 para o Estado de Alagoas. A partir desses resultados destacamos a importância de estudos taxonômicos em coleções a fim de ampliar o conhecimento sobre a ocorrência e identificação das espécies.