As contribuições da formação de grupos de astronomia na rede básica de ensino: um olhar sob a perspectiva Freireana da educação.

Abstract

O ensino de astronomia está contido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos Parâmetros Nacionais Curriculares (PCN+) dentro das disciplinas de ciências da natureza e suas tecnologias, no eixo temático “Universo, Terra e Vida”, porém esses conteúdos continuam sendo excluídos da matriz curricular. Sendo assim, os alunos entendem a ausência desses conteúdos e buscam meios para suprir essa falta. Um desses meios é a criação de grupos de astronomia, assim, essa pesquisa tem o objetivo de investigar as intenções do processo de formação desses grupos. Essa pesquisa gira em torno de dois grupos: “O céu não é o limite”, localizado na ETI Prefeito João Lyra, e “As três marias”, localizado na escola Santo Amaro, ao qual não chegou a ser implementado. Através de uma entrevista pelo Google Meet analisamos as respostas sob a perspectiva Freireana da educação sobre as curiosidades. Após uma análise das respostas dos entrevistados constatou-se que os grupos, mesmo que se iniciem com uma curiosidade ingênua sobre temas de astronomia, têm a capacidade de torná-la crítica, dentro do que Paulo Freire chama de curiosidade epistemológica. Pelas falas dos integrantes, é indiscutível a importância de grupos de astronomia na rede básica de ensino, pois contribui tanto na formação acadêmica quanto pessoal, acarretando no desenvolvimento de habilidades que consideramos importantes no processo educacional. Também constatou-se a importância do professor como motivador.