Meteorological and oceanic parameters and their impacts on the biota and climate in the equatorial Atlantic

Abstract

O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto de parâmetros meteorológicos e oceânicos sobre a biota e o clima do Atlântico Equatorial (AE), através da relação entre a profundidade da camada de mistura oceânica (CMO) do Atlântico tropical e a precipitação no leste do Nordeste do Brasil (ENEB) e também avaliar a concentração de clorofila (Chl-a) em resposta à temperatura da superfície do mar (TSM), CMO e padrões de ventos no AE. Para atingir este objetivo, foram realizados: 1) um controle de qualidade no banco de dados oceanográfico dos flutuadores ARGO; 2) determinação da CMO com base nos métodos propostos na literatura; 3) uma identificação do método de CMO mais apropriado para o Atlântico Sudoeste Tropical (SWTA); 4) estimativa e análise da variabilidade espaço-temporal da CMO; 5) identificação da relação entre a CMO e as variáveis meteorológicas sobre a ENEB; 6) uma avaliação do índice climático do Atlântico Niño (ATL3); 7) avaliar a variabilidade espaço-temporal de Chl-a, SST, MLD e ventos sobre EA e 8) avaliar a relação dos índices climáticos com os padrões espaço-temporais dessas variáveis. Para determinar a variabilidade da CMO e como esta afeta os padrões de precipitação na ENEB, foram utilizados dados in situ de 10 anos dos flutuadores ARGO e dados de precipitação da APAC. Para a correlação entre o índice ATL3 e o Chl-a no EA, usamos 20 anos de dados mensais de SST e MLD do Sistema Global de Assimilação de Dados do Oceano (GODAS), as médias mensais das componentes zonal e meridional do vento da reanálise do ERA-Interim e da concentração de clorofila na superfície do mar a partir do sensor de visão ampla do Sea-view (SeaWiFS). Os resultados apresentam um método mais preciso para estimar a CMO na região, a partir na densidade. Detectou-se uma relação entre a variabilidade da CMO e ventos sobre o Atlântico Tropical Oeste com a precipitação em Pernambuco. 20 anos de dados vento, temperatura e correntes mostraram que os eventos do Atlântico Niño, contribuem para reduzir o Chl-a na EA. Por outro lado, durante os eventos do Atlântico Niña a concentração de Chl-a aumenta na parte oeste da bacia, e o transporte para o oeste de Chl-a é mais forte. Este transporte fornece Chl-a para a região oligotrófica ocidental do Atlântico Equatorial.