Análise dos fatores de influência da mobilidade no Recife

Abstract

Diante do cenário atual, em que todos estão em busca de minimizar o tempo gasto com deslocamentos, para consequentemente aumentar a utilidade das horas do dia, os órgãos e investidores responsáveis pela mobilidade urbana possuem questões desafiadoras: suprir a necessidade da população com qualidade e dar condições de suporte ao desenvolvimento econômico. No Recife, a eficiência dos transportes públicos não condiz com a demanda do acelerado crescimento urbano, sendo assim, é considerado um sistema sem qualidade e inseguro. Em contrapartida, como “solução” para essa realidade, surgem políticas de incentivo para a aquisição de carros privados, que aparentam trazer conforto e segurança ao usuário, mas que agravam ainda mais as condições do trânsito. Outra deficiência que impossibilita o planejamento coerente da mobilidade no município é o banco de dados ultrapassado, pesquisas das demandas dos destinos e dos modos de transportes, são de anos e até mesmo de décadas passadas que não retratam a realidade. Para ter melhor aproveitamento em termos de funcionalidade nos projetos de mobilidade, devem-se analisar fatores sociais e econômicos, para então concluir o potencial de cada tipo de transporte na região, e a partir disso interligá-los de maneira eficaz, que supra a demanda da população com qualidade, segurança, priorizando o transporte público e de forma econômica. Uma tendência que vem crescendo bastante, é a introdução do uso de meios não motorizados na rotina de diversos habitantes, seja de bicicleta ou a pé; Nas condições de saturação das vias, não existe espaço para mais um meio de transporte, e nem acessibilidade para os pedestres de forma segura, principalmente para os deficientes físicos. É necessária a reestruturação do sistema para melhor utilidade do solo e maior conscientização da população na utilização dos não motorizados como meio de transporte.