Pobreza e desigualdade de renda nas regiões brasileiras no período de 1995 a 2013.

Abstract

Este trabalho pretende fazer uma análise exploratória dos dados que apresentam o comportamento da pobreza e da desigualdade, entre os anos de 1995 e 2013, no país e nas regiões brasileiras, além disso, busca realizar uma breve avaliação da relação existente entre essas variáveis e as variáveis: população residente, população ocupada, despesas com educação e gastos com o Programa Bolsa família, apontadas na literatura como importantes para redução da pobreza e da desigualdade de renda. Verifica-se através das matrizes de correlação uma relação positiva forte entre a pobreza e a desigualdade de renda, indicando que na existência de uma elevação na pobreza tem-se um aumento na desigualdade de renda no país e nas suas regiões. O estudo confirma ainda, a existência de forte correlação negativa entre a pobreza e a desigualdade de renda com as demais variáveis consideradas. À medida que crescem os postos de trabalho, que o governo aumenta o investimento em educação e a transferência de renda através do Bolsa Família, a incidência de pobreza e a desigualdade de renda se reduzem. Observa-se através da análise exploratória dos dados, que no período do Governo FHC, a pobreza e a desigualdade mantiveram-se bastante elevadas. Já no período do Governo Lula, esses indicadores adotaram um comportamento declinante e sustentado, devido, entre outros fatores: à melhora nas condições da economia no período; o aumento na geração de emprego; a elevação da participação do Governo federal, com a política de valorização do salário mínimo e a implantação e intensificação de diversos Programas de combate à pobreza. No primeiro mandato da atual Presidente Dilma, a população pobre e a desigualdade de renda continuaram caindo significativamente. Somente no período de 2011 a 2013, mais de 11 milhões de pessoas deixaram de ser consideradas pobres no país. Nestes dois últimos governos, contata-se que houve redução na pobreza e na desigualdade de renda no país, assim como em todas as regiões. Com destaque para as regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul que chegaram em 2013 com níveis de proporção de pobres inferiores a 7%. Entretanto, apesar da expressiva queda nos níveis de pobreza e desigualdade de renda obtidos no país e nas regiões nos últimos anos, a desigualdade brasileira ainda continua bastante elevada.