Análise da capacidade hídrica de reservatórios críticos do Estado de Pernambuco.

Abstract

O Agreste pernambucano é uma região carente de recursos hídricos devido a fatores como o solo cristalino, a demanda de sua crescente população, os fenômenos climáticos cada vez mais intensos, e os reservatórios cuja capacidade é, por vezes, menor que a necessária para atender tantos usos. A gestão dos volumes acumulados deve ser efetiva, garantindo aos usuários uma segurança de abastecimento pelo maior período possível. Nesse sentido, uma prática comum na região é a transposição de água entre bacias hidrográficas a fim de complementar ou assumir a disponibilidade de vazões para localidades que deixaram de ser atendidas por alguns mananciais mais próximos. No presente trabalho, foram realizadas duas abordagens. Uma, se propõe a discorrer sobre o gerenciamento das vazões captadas nos mananciais, durante esses anos de estiagem, ressaltando a importância do Monitor das Secas na definição quanto às retiradas operacionais na intenção de minimizar impactos negativos a longo prazo, como o colapso total. A outra, consiste em modelar, em dois programas de geoprocessamento, alguns reservatórios representativos para a região, seja pelo volume que podem comportar ou pela demanda deles requeridas, encontrando suas curvas características que relacionam cota, área e volume, comparando com valores já consolidados utilizados pela gestão, visando, também, constatar perdas da disposição de acumulação. As divergências encontradas foram significativas, comprometendo a análise de perda de vida útil que é relativamente baixa ao longo do tempo, porém foi possível perceber a similaridade das curvas empregando diferentes programas computacionais.