Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44078

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorLIMA JUNIOR, Jayme Benvenuto-
dc.contributor.authorMAGALHÃES, Alex Bruno Feitoza-
dc.date.accessioned2022-04-19T19:41:25Z-
dc.date.available2022-04-19T19:41:25Z-
dc.date.issued2021-12-10-
dc.identifier.citationMAGALHÃES, Alex Bruno Feitoza. Entre o colonial e o ditatorial: narrativas testemunhais do povo indígena Aikewara e os limites da justiça transicional brasileira. 2021. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44078-
dc.description.abstractA ditadura militar instrumentalizou inversão histórica, onde os indígenas passaram a ser vistos como inimigos internos. Ela ressignificou a própria violência colonial, agrária, burguesa e de gênero, que gestou o Brasil enquanto nação, sobretudo a partir do sofrimento dos povos indígenas. Durante esse período, políticas de caráter predatório foram postas em prática com vistas a um determinado modelo de desenvolvimento nacional. Tais políticas atingiram de forma violenta as muitas etnias indígenas, diversas delas sob o comando e supervisão do Estado que realizava ações através dos seus agentes, ou mantinha omissão sobre uma série de situações. O resultado dessas políticas estatais foi a morte de pelo menos 8.350 indígenas, segundo o trabalho investigativo da Comissão Nacional da Verdade. Dentro dessa perspectiva e em que pese as datas legais indicarem o final do período ditatorial no ano de 1985, percebe-se que, na prática, esse período não acabou de fato. Neste sentido, o objetivo desta dissertação se constituiu em: analisar em que medida pensar a narrativa testemunhal dos Aikewara presentes em processos de reparação da Comissão de Anistia, podem apresentar reflexões em torno da lógica colonial. E partiu da compreensão de que existe, no processo de transição democrática, traços dessa lógica que constroem condição de subalternidade em torno dos grupos minoritários. Vez posto que os processos de verdade, memória e justiça têm dado eco sistemático às questões de violações urbanas de direitos, de homens, em sua maioria brancos, grandes figuras políticas, líderes e militantes. Tendo relegado às minorias sociais, poucos estudos no tocante às violências por esses grupos enfrentadas e, por conseguinte, suas participações na construção da democracia brasileira. A pesquisa foi realizada sob o método analético e historiográfico. Seu ponto de partida é compreender imediatamente o Outro, ao buscar ressignificar narrativas-outras, enquanto conhecimento legítimo, de forma a evidenciá-las no espaço público. O referencial teórico que a conduz é o do pensamento pós/decolonial por acreditar que suas convergências são capazes de operar importantes contribuições e críticas singulares, em especial à construção do debate proposto. A dissertação está dividida em três momentos: no primeiro, a presenta um histórico da complexa relação entre ditadura militar e povos indígenas; no segundo, reflete sobre a posição ocupada pelos povos indígenas no cenário da justiça transicional, a partir dos dados empíricos coletados na Comissão de Anistia; no terceiro, identifica a lógica colonial a partir da narrativa testemunhal dos Aikewara em processos de reparação da Comissão de Anistia. As conclusões dessa dissertação apontam para a compreensão de que na ditadura militar foi naturalizada estruturas e formas de atuação que se perfazem em códigos colonizadores e em imposições de subalternidade e desumanização. O que chamei de “reinvenções ditatoriais da lógica colonial”. E confirma a hipótese de que a justiça transicional não esgotou, em seu processo de busca pela verdade, ruptura satisfatória com a lógica colonial, por desvelar implicitamente, práticas opressivas, subalternizantes e segregacionistas. Por fim, propõe campos de reflexão como: “Comissão de Anistia enquanto tecnologia e/ou burocracia colonial”; “enquadramentos justransicionais”; e as implicações para pensar a “colonialidade justransicional”.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsembargoedAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectDireitos Humanos e Sociedadept_BR
dc.subjectPovos indígenaspt_BR
dc.subjectDitadura Militarpt_BR
dc.subjectLógica Colonialpt_BR
dc.subjectJustiça Transicionalpt_BR
dc.titleEntre o colonial e o ditatorial : narrativas testemunhais do povo indígena Aikewara e os limites da justiça transicional brasileirapt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.contributor.advisor-coCARDOSO, Fernando da Silva-
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8678844081348993pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/1003184503012396pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Direitos Humanospt_BR
dc.description.abstractxThe military dictatorship instrumentalized a historical inversion, where the indigenous people came to be seen as internal enemies. It gave new meaning to the colonial, agrarian, bourgeois and gender violence that shaped Brazil as a nation, especially based on the suffering of indigenous peoples. During this period, predatory policies were put into practice with a view to a specific model of national development. Such policies violently affected many indigenous ethnic groups, several of them under the command and supervision of the State, which carried out actions through its agents, or maintained omission in a series of situations. The result of these state policies was the death of at least 8,350 indigenous people, according to the investigative work of the National Truth Commission. Within this perspective and despite the fact that the legal dates indicate the end of the dictatorial period in 1985, it is clear that, in practice, this period has not actually ended. In this sense, the objective of this dissertation was: to analyze to what extent to think the testimonial narrative of the Aikewara present in the Amnesty Commission reparation processes, can present reflections around the colonial logic. And it started from the understanding that there are, in the process of democratic transition, traces of this logic that build a condition of subordination around minority groups. Since the processes of truth, memory and justice have systematically echoed the issues of urban violations of rights, of mostly white men, great political figures, leaders and activists. Hence the concern to carry out scientific work based on studies of narratives. The research was carried out under the analytical and historiographical method. Its starting point is to immediately understand the Other, seeking to reframe other-narratives, as legitimate knowledge, in order to make them evident in the public space. The theoretical framework that leads it is that of post/decolonial thinking, as it believes that their convergences are capable of operating important contributions and unique criticisms, especially to the construction of the proposed debate. The dissertation is divided into three main moments: in the first, it presents a history of the complex relationship between military dictatorship and indigenous peoples; in the second, it reflects on the position occupied by indigenous peoples in the scenario of transitional justice, based on empirical data collected by the Amnesty Commission; in the third, it identifies the colonial logic based on the testimonial narrative of the Aikewara in the Amnesty Commission's reparation processes. The conclusions of this dissertation point to the understanding that the military dictatorship was naturalized structures and forms of action that are made up of colonizing codes and impositions of subordination and dehumanization. What I called “dictatorial reinventions of colonial logic”. And it confirms the hypothesis that transitional justice has not exhausted, in its process of searching for the truth, a satisfactory break with the colonial logic, by implicitly unveiling oppressive, subordinate and segregationist practices. Finally, it proposes fields of reflection such as: “Amnesty Commission as technology and/or colonial bureaucracy”; “just transitional frameworks”; and the implications for thinking about “just-transitional coloniality”.pt_BR
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/1087934915290279pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Direitos Humanos

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Alex Bruno Feitoza Magalhães.pdf1,5 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons