Dietas restritivas calóricas como fator de risco para o agravamento de transtornos alimentares: uma revisão sistemática

Abstract

A ditadura da beleza e o culto ao corpo perfeito está presente de forma expressiva em nossa sociedade, atingindo principalmente mulheres e adolescentes. A insatisfação da imagem corporal, a influência da mídia e o acesso a informações errôneas sobre nutrição em diversas ferramentas de comunicação, são fatores de extrema relevância no surgimento e/ou agravo de transtornos alimentares. O presente trabalho teve como objetivo identificar na literatura a relação entre transtornos alimentares e dietas restritivas bem como, identificar os prejuízos que estas podem causar no mental. Para realizar essa revisão de literatura foi utilizado o modelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A busca foi realizada nas bases de dados: Pubmed, Science Direct e Bireme. Utilizado como critério de inclusão trabalhos que tenham a temática de dietas restritivas e transtornosalimentares, sem restrição de idioma e publicados até dezembro de 2017. Após a exclusão de artigos repetidos, estudos epidemiológicos não relacionados ao tema, estudos experimentais, cartas editoriais, estudos de casos, estudos em animais e estudos que fugissem do questionamento condutor, 8 artigos foram selecionados para essa revisão. Na maioria dos estudos abordados nessa revisão, foi evidenciado que a dieta auto relatada (dieta sem orientação profissional) com restrição calórica estimula episódios compensatórios, atuando então como fator de risco para o agravamento de transtorno da compulsão alimentar.O isolamento social, humor negativo e insatisfação da imagem corporal também são fatores de risco para o agravamento de transtornos alimentares.