Impacto do programa academia da saúde sobre a mortalidade por câncer de cólon no Brasil

Abstract

As Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT), estão entre as maiores causas de morbimortalidade do mundo. Dentre as DCNTs se destaca o Câncer, que está entre as quatro maiores causas de morte na maior parte do planeta. O Câncer de Colorretal está entre as três neoplasias que ocorrem com maior frequência no Brasil. O mesmo abrange as alterações celulares que têm como ponto de partida o intestino grosso (Cólon). Pesquisas apontam que alguns fatores influenciam a incidência de morte por câncer de cólon, dentre esses fatores observa-se a inatividade física e a dieta inadequada, que por sua vez são fatores de risco modificáveis, podendo ser corrigidos com a produção do cuidado e de estilos de vida saudáveis. Para trazer benefícios e promover saúde à população, em 2011 foi criado o Programa Academia da Saúde (PAS), com o intuito de estimular um estilo de vida mais ativo e saudável às pessoas, contando com uma equipe profissional qualificada, e de recursos físicos para: a prática de atividade física; práticas artísticas e culturais; realização de educação em saúde, e promoção de alimentação saudável. Assim, o objetivo do presente estudo foi de avaliar o Impacto do Programa Academia da Saúde sobre a mortalidade por Câncer de Cólon no Brasil. Trata-se de um estudo de avaliação de políticas públicas, onde foi utilizado um método econométrico quase experimental, do método de Pareamento por Escore de Propensão (PEP), para considerar o efeito médio do tratamento sobre os tratados (ATT). Foram utilizados dados dos municípios brasileiros dos anos de 2010 e 2018. Se fez uso de dados epidemiológicos, demográficos e socioeconômicos, dos municípios do Brasil, através do Departamento de Informática do SUS, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e outras bases. O impacto do programa sobre a mortalidade por câncer de cólon foi estimado através de um modelo econométrico do tipo logit, utilizando o algoritmo de pareamento do radial. Os municípios tratados tiveram menos 1,37 mortes por câncer de cólon quando em comparação com os municípios controles, e o teste de balanceamento atesta robustez do modelo estimado para explicar o impacto do programa sobre a mortalidade por câncer de cólon. Assim foi possível concluir que o programa foi efetivo para a promoção da saúde e prevenção do Câncer de Cólon, destacando a importância do investimento de recursos públicos em políticas de saúde que visam mudar o estilo de vida da população.