Trajetória e perspectivas da educação do campo no âmbito do movimento dos trabalhadores rurais sem terra - MST

Abstract

A Educação do Campo no Brasil tem sua trajetória marcada por disputas e contradições, essa educação surge dentro das experiências dos movimentos sociais contra o latinfúndio. Com a crise capitalista de 2008 e as suas causas no Brasil, as experiências de Educação do Campo têm ficado sobre constantes ataques, que se intensificaram a partir de 2014. Em 2016, com um golpe jurídico-parlamentar que deu fim a um ciclo de conciliação de classes, levado a cabo pelos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e levou a uma reordenação do Estado, esses ataques têm se intensificado. O fato de a Educação do Campo estar ligada diretamente à luta pela terra, tem feito com que esses ataques sejam ainda maiores nesse momento. Diante disso, cabe a nós questionar quais as tendências para a Educação do Campo nesse novo ciclo? Esse trabalho se propôs, então, a compreender a luta pela educação do campo no Brasil e suas tendências atuais. Para isso, fizemos uma revisão bibliográfica e documental, onde analisamos artigos, livros, revistas, reportagens e documentos relacionados ao tema. Buscamos nos aproximar da tradição do pensamento Marxista. Consideramos que a Educação do Campo corre um sério risco de abandono, sucateamento e de paralisação total, essa tendência vem se desenhando com mais intensidade a partir de 2015. Esse período pede uma resitência ainda maior dos movimentos de luta pela em defesa da Educação do campo, sobretudo sob o governo Bolsonaro.