O comportamento dos investimentos públicos do estado de Pernambuco no período 2008 – 2017 ante as crises econômicas

Abstract

O Brasil ao longo de sua trajetória de crescimento econômico e de inserção de seu povo numa melhor condição de vida, sempre teve o estigma das crises econômicas. Pernambuco, apesar do protagonismo no Nordeste, é um Estado que tem muitas desigualdades a serem vencidas. As crises econômicas trazem ainda mais dificuldade na busca de colocação do Estado de Pernambuco em níveis mais satisfatórios de inclusão social. O investimento público, nessa perspectiva, constitui um instrumental importante para que se consiga enfrentar os efeitos negativos das crises econômicas que se sucedem. No período de 2008 a 2017, o Brasil, e por conseguinte, Pernambuco, enfrentaram a crise financeira mundial de 2008/2009 e a uma pesada recessão nos anos 2015/2016. Tais crises impactaram de forma decisiva trajetórias de crescimento que vinham se desenhando. A recuperação para tais eventos, crises econômicas, as Teoria Keynesiana, Desenvolvimentista e Novo desenvolvimentista indicam maior participação estatal, em contraponto, a Teoria Neoliberal defende menos Estado e que o mercado por seus mecanismos irá encontrar o caminho de volta do crescimento e inclusão. O fato é que a crise de 2015/2016 foi a que mais impactou a economia nacional e em Pernambuco trouxe grande variação negativa na atividade econômica. O comportamento das variáveis PIB, emprego e renda traduzem esses altos e baixos da economia nacional que tanto impactam os entes federados, com destaque para Pernambuco. O levantamento dos indicadores e seus comportamentos nos momentos das crises, com destaque ao processo recessivo de 2015/2016, tem por objeto indicar a importância da participação estatal na retomada do crescimento econômico, através do investimento público, bem como a partir de uma atuação difusa, quando proporciona incentivos fiscais, relacionando aos momentos de melhora encontradas no Estado de Pernambuco no período sob análise.