Skip navigation
Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38758

Comparte esta pagina

Registro completo de metadatos
Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributor.advisorATHIAS, Renato Monteiro-
dc.contributor.authorANDRADE, Lara Erendira Almeida de-
dc.date.accessioned2020-11-24T20:08:52Z-
dc.date.available2020-11-24T20:08:52Z-
dc.date.issued2020-03-06-
dc.identifier.citationANDRADE, Lara Erendira Almeida de. Pelejas indígenas: conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau. 2020. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38758-
dc.description.abstractEsta tese se propõe a fazer uma etnografia com uma abordagem temporal de longa duração sobre a presença indígena na região entre os rios Ipanema e Moxotó, tendo como locus ainda mais detido o platô central entre ambos, a Serra do Catimbau, atual território do povo indígena Kapinawá (Pernambuco – Brasil). No final do século XVII, essa região era ocupada pelos povos denominados Paraquêo e Ogoê Goé. No século XVIII, com a política das missões, foi implementado nesse território o Aldeamento do Macaco, e esses povos se juntaram a outros tantos grupos indígenas. A ação do governo colonial alterou significativamente o modo de vida, antes marcado pela mobilidade em busca dos recursos da caatinga, depois restritos pelas cercas e pela substituição das matas pelo pasto. No século XX, no mesmo local, esses povos reivindicaram a identidade indígena kapinawá e o direito às terras que lhes foram doadas no século XIX. O meu argumento é que tais áreas se mantiveram, ao longo de todos esses séculos, sob um certo domínio das famílias indígenas, senão totalmente sob seu controle e, embora muitas vezes tenham sido invadidas por fazendeiros, conservaram-se nas memórias como áreas pertencentes ao seu território. Saio de uma leitura regional para um foco micro. Procuro demonstrar a continuidade da resistência nas formas de ocupação do território pelas famílias kapinawá, que possibilitaram ao atual território indígena ser uma região de relevância na preservação do bioma caatinga. Esse é um elemento importante do conflito no século XXI, principalmente a partir da criação do Parque Nacional do Catimbau em parte do território kapinawá que ainda não foi regularizado. No estudo sobre a presença indígena, parti do que foi dito sobre eles nos documentos oficiais para chegar ao que eles dizem sobre si mesmos, ou seja, o momento de ser denominado e o de se autodenominar. A categoria guerra de conquista foi utilizada para demonstrar a ação dos agentes coloniais sobre os povos indígenas. As reações indígenas contra essas empreitadas nomeei de pelejas indígenas. Uma categoria construída a partir das noções de resistência, repertório de confronto e tradição de conhecimento. Ela busca evidenciar as formas de resistência ao processo colonial nas suas tentativas de dominação dos corpos e territórios dos povos indígenas. Essa foi a base para a análise de longa duração, considerando eventos e processos históricos.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectAntropologiapt_BR
dc.subjectEtnografiapt_BR
dc.subjectIndígenas – Posse da terrapt_BR
dc.subjectÍndios Kapinawápt_BR
dc.titlePelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbaupt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0094176578335437pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3820775754333816pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Antropologiapt_BR
dc.description.abstractxThis thesis proposes to do an ethnography with a long-term temporal approach on the indigenous presence in the region between the Ipanema and Moxotó rivers, the central plateau between them, Serra do Catimbau, the current Kapinawá's indigenous territory (Pernambuco - Brazil) is the research locus. At the end of the 17th century, this region was occupied by the people called Paraquêo and Ogoê Goé. In the 18th century, with the missionary policies, the Aldeia dos Macacos was implemented in this territory, and these peoples joined other indigenous groups. The colonial government's action changed significantly the way of life of these people, previously marked by mobility in search of the caatinga's resources, later restricted by fences and the replacement of forests to pasture. In the 20th century, in the same place, these peoples claimed the Kapinawá indigenous identity and the right to the lands donated to them in the 19th century. My argument is that these areas have been maintained over all these centuries under some domain of the indigenous families. If not entirely under their control, because farmers often invaded them, they remained in the memories as areas belonging to their territory. Based on a regional point of view, I start a microanalysis. I try to demonstrate the continuity of resistance in the occupation's forms of the territory by the Kapinawá families, which allowed the current indigenous territory to be a region of relevance in the preservation of the caatinga biome. This is an essential element in the conflict in the 21st century, mainly since the creation of the Catimbau National Park over part of not regularized Kapinawá territory. In the study of the indigenous presence, starting from what was said about them in official documents to what they say about themselves, i.e., the moment to be denominated and the moment to self-denominate. The use of the category war of conquest demonstrates the action of colonial agents on indigenous peoples. The indigenous reactions against these endeavors I named indigenous battles. A category built from the notions of resistance and confrontation repertoire. It seeks to highlight the forms of resistance to the colonial process in its attempts to dominate the bodies and territories of indigenous peoples. This was the basis for the long-term analysis, considering historical events and processes.pt_BR
dc.description.abstractxÀ partir d’une approche temporelle pensée sur le long terme, cette thèse propose une ethnographie de la présence autochtone dans la région localisée entre les fleuves Ipanema et Moxotó qui délimitent le plateau do Catimbau, territoire actuel du peuple indigène kapinawá (Pernambuco - Brésil). À la fin du XVIIe siècle, cette région était occupée par les peuples appelés Paraquêo et Ogoê Goé. Au XVIIIe siècle, les politiques missionnaires sur ce territoire se sont traduites par la mise en place de la mission du Macaco qui rejoindra, au cours des décennies suivantes, d'autres groupes autochtones. L'action coloniale change alors considérablement le mode de vie de ces peuples, auparavant caractérisé par la mobilité des personnes à la recherche de ressources dans le biome de la caatinga. Ces pratiques ont par la suite été limitées par l’instauration d’enclos et la déforestation nécessaire à la création des pâturages pour les bœufs. Dès le XXe siècle, les peuples habitant le territoire à l’étude revendiquent l'identité autochtone kapinawá et le droit aux terres qui leur avait été donné au XIXe siècle. La thèse défendue par le présent doctorat met de l’avant le fait que ces zones ont été maintenues, au cours des siècles couvrant l’étude, sous l’influence des pratiques spatiales des familles autochtones. Ces espaces, bien qu'ils ne fussent pas entièrement sous leur contrôle, puisqu’ils étaient souvent envahis par les fermiers, restaient dans les mémoires comme des zones appartenant à leur territoire. À partir d’une approche délaissant une lecture régionale de ces enjeux au profit d’une approche micro-scalaire, la thèse démontre la continuité de la résistance incarnée dans les formes d'occupation du territoire par les familles kapinawá qui ont permis au territoire indigène actuel d'être une région pertinente pour la préservation du biome de caatinga. Il s'agit dorénavant d'un élément central des conflits locaux caractéristiques du XXIe siècle, en particulier depuis la création de l'unité de conservation de la nature, en l’occurrence le Parc Nationale do Catimbau, sur une partie du territoire kapinawá qui n'est pas régularisée. Cette étude s’ancre dans la collecte des discours présents dans les documents coloniaux au sujet de cette présence indigène, mais également dans les discours élaborés directement par les populations indigènes elles-mêmes, à leur sujet. Cette posture méthodologique traduit la volonté de confronter les discours émis à propos de la population indigène aux discours développés par celle-ci d’un point de vue endogène. Conceptuellement, la catégorie « guerre de conquête » a été utilisée pour désigner l'action des agents coloniaux contre les peuples autochtones. Les réactions indigènes envers de telles actions sont quant à elles définies par le terme « pelejas » (luttes) indigènes, soit une catégorie construite à partir des notions de résistance et de répertoire de confrontation. Ce cadre conceptuel cherche à mettre en évidence les formes de résistance au processus colonial dans ses tentatives de dominer les corps et les territoires des peuples autochtones. Parce qu’elle est construite sur une lecture ethnographique pensée sur une longue durée, cette posture permet de comprendre la situation suivant une succession d’évènements desquels se dégage l’expression de processus historiques.pt_BR
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - Antropologia

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
TESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdf10,08 MBAdobe PDFVista previa
Visualizar/Abrir


Este ítem está protegido por copyright original



Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons Creative Commons