Músculo adutor do polegar como indicador de massa magra em estudantes universitários

Abstract

O estudo da Espessura do Músculo Adutor do Polegar (EMAP) como parâmetro avaliativo do estado nutricional visa o fortalecimento de métodos simples, de baixo custo e de boa aplicabilidade. O adutor do polegar é o único músculo do corpo humano capaz de ser aferido de forma direta, sua localização entre duas estruturas ósseas permite boa avaliação. O estudo objetiva analisar o uso da EMAP como parâmetro auxiliar da avaliação da massa magra corporal em indivíduos saudáveis. Foi realizado um estudo do tipo transversal ao qual foram incluídos 110 voluntários, havendo a aplicação de questionários e as aferições antropométricas. A mensuração da EMAP foi realizada através da metodologia proposta nos estudos de Lameu et al., (2004), para aferição dos demais parâmetros o presente estudo utiliza de métodos consolidados e utilizados em diversas pesquisas já publicadas no âmbito cientifico. Enquanto parâmetros antropométricos de mensuração da massa magra, o trabalho emprega os seguintes métodos: Força da preensão manual (FPM), circunferência muscular do braço (CMB) e averiguação de massa magra através da bioimpedância. Avaliação de consumo foi realizada através de questionário validado pelo ministério da saúde, e a triagem referente a prática de atividades físicas analisada através do Questionário Internacional de Atividade Física –IPAQ. A mediana de idade da amostra foi 20 anos. Predominantemente os voluntários foram do sexo feminino, com maioria compondo a classe média. Uma parcela significativa da população apresenta consumo alimentar moderado e a maior frequência encontrada foi de indivíduos ativos. Em relação ao Índice de Massa corporal há uma predominância de voluntários em estado de eutrofia. Quando comparado a classificação da mesma amostra seguindo referencias distintas, nota uma diferença considerável na classificação nutricional dos voluntários. Existiu uma correlação moderada entre força da FPM, e a EMAP. A correlação existente entre a EMAP com a CMB também foi moderada. Observou-se uma fraca concordância quando comparado os valores referidos por Lameu et al., 2004 e Bragagnolo et al., 2009. Foram comparados os parâmetros CMB e EMAP dominante e não foi encontrada associação estatística. Existe uma concordância sofrível quando comparados o diagnóstico nutricional pela EMAPD e pela FAMD. Não se verifica associação estatisticamente significativa entre a classificação do estado nutricional segundo a EMAPD com práticas de atividades físicas e consumo alimentar. O estudo concluiu que há diferença significativa entre a classificação de eutrofia segundo IMC, quando comparado a métodos que remetem a massa muscular. É notório a necessidade de mais estudos com a EMAP aplicada à indivíduos saudáveis.