A inatividade física e redução de custos com medicamentos fornecidos para o tratamento de Hipertensão e Diabetes

Abstract

Doenças Crônicas não Transmissíveis são consideradas pela Organização Mundial de Saúde como uma principal causa de morte no mundo, representando cerca de 63% dos óbitos em 2008. Essas doenças são responsáveis por altas taxas de morbidade, sobretudo internações hospitalares, mostrando grande impacto na sociedade de modo geral e na saúde pública representando gastos dos cofres públicos em todo o mundo. O presente estudo tem como objetivo avaliar o potencial impacto da atividade física na redução de gastos públicos com medicamentos utilizados para o tratamento de Hipertensão de Diabetes Mellitus no Sistema Único de Saúde de Vitória de Santo Antão. Trata-se de um estudo exploratório descritivo com análise quantitativa. Para a realização deste estudo foram utilizados dados secundários obtidos através da secretaria de saúde do município de Vitória de Santo Antão fornecidos pelo serviço de assistência farmacêutica que disponibilizou a distribuição administrativa dos medicamentos para tratamento da hipertensão e do diabetes e através dos dados obter-se o valor gasto atribuído aos níveis de inatividade física. Todos os dados que foram coletados são referentes aos gastos no ano de 2017. Através do cálculo da fração atribuível a inatividade, obteve-se um gasto atribuível com medicamentos para o tratamento do diabetes mellitus e hipertensão arterial no valor de R$ R$97.013,73 valor esse que significa aproximadamente 16% do gasto total anual com a compra de todos os medicamentos para suprir o tratamento farmacológico da hipertensão e do diabetes no município. A inatividade Física impacta diretamente nos gastos com medicamentos para o tratamento da hipertensão e diabetes podendo haver significativa redução de gastos com os fármacos através da prática contínua de atividade física através da orientação do profissional de educação física.