Fator inflamatório da dieta e sua relação com o consumo de macronutrientes em praticantes e não-praticantes de exercícios físicos

Abstract

Introdução: hábitos de vida inadequados, incluindo o estilo de vida sedentário e o consumo de dietas de baixa densidade nutricional, tem ocasionado alterações metabólicas importantes que podem levar ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Sabe-se que a inflamação crônica de baixa intensidade está presente em vários estágios das doenças crônicas e que a dieta desempenha importante papel na redução do risco desses distúrbios. O consumo de uma dieta saudável modula favoravelmente os níveis de marcadores inflamatórios; enquanto que, padrões dietéticos caracterizados por elevado consumo de alimentos de alto índice glicêmico, pobres em fibras e ricos em gorduras saturadas e trans, causam efeito inverso. Objetivo: avaliar o fator inflamatório da dieta (FID) e sua relação com o consumo de macronutrientes em praticantes e não-praticantes de exercícios físicos. Material e método: trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco - CAEE nº: 46600415.4.0000.5208. Para coleta dos dados foi aplicado Recordatório de 24 horas (R24h), sendo considerados todos os itens, variações dos alimentos e quantidades. Foram coletadas variáveis demográficas (idade e sexo) e antropométricas (peso e estatura) para a estimativa do Índice de Massa Corporal. Resultados: a amostra foi composta por 59 indivíduos, sendo 38 homens (64,4%) e 21 mulheres (35,6%), deste total 32 praticantes (54,2%) e 27 não praticantes de exercício físico (45,8%), apresentando idade mediana de 22 anos (IQ 20-26). A dieta inflamatória apresentou uma elevada frequência (81,4%; n=48) em ambos grupos. Conclusão: não foi evidenciada diferença estatística entre o FID e os macronutrientes da dieta.