A cidade e seus espaços de lazer

Abstract

A resistência a construção de 12 torres em frente a bacia do Pina, em Recife, fez surgir o movimento Ocupe Estelita. Ao defender um novo modelo de ocupação para a capital pernambucana, esse movimento coloca em pauta os usos do espaço urbano. Tal mobilização se articula com outras lutas planetárias pelo direito à cidade, e essas lutas se relacionam com outras pela garantia dos direitos, entre eles o lazer que é mais uma esfera da vida social transformada em mercadoria, por meio dos interesses do modo de produção capitalista, que tem sua base no acumulo de riquezas e a expansão do capital. Diante disso, esse trabalho se objetivou em pensar sobre as possibilidades e manifestações das práticas de lazer em um espaço urbano redesenhado pela crise do capital e pela reestruturação neoliberal. Para tal função nos aproximamos de uma pesquisa do tipo bibliográfica, nos embasamos em leituras de autores com acumulo significativo na área. Ao fim refletimos que, espaço urbano refém de interesses privados, só atende a uma classe dominante, e que o lazer tomou significado de mercadoria a ser consumida sendo negado como prática emancipatória nas nossas cidades. Desta forma acreditamos que é preciso a luta pela garantia nos rumos da urbanidade, pelos direitos sociais, mas que não podemos esquecer da luta anticapitalista.